segunda-feira, 27 de abril de 2009

Teexto apresentação da exposição individual na Faculdade de Direito do Recife

CENTRO DE CIENCIAS JURIDICAS
FACULDADE DE DIREITO DO RECIFE

CLAYTON VALOES não é um iniciante da pintura. Sua arte vem sendo tecida pouco a pouco, com paciência, aprimoramento é o cuidado próprio de quem possui talento. Vê-se em cada trabalho, desde os seus primeiros passos, o senso da responsabilidade própria dos verdadeiros artistas.
Sabe quanto é difícil para um autodidata se firmar, principalmente ao se lançar para o público conhecedor de artes plásticas, assim como diante da crítica, sem qualquer vinculo com grupos ou um grande nome da pintura.
Sua aparição em meio a outros artistas ocorreu em 1983 no I Prêmio Pirelli “Pintura Jovem” no MASP, em São Paulo. Daí tem sido um não mais parar, passando pela V Unifor Plástica no Ceará, bem como pelos XIII e XIV Salão dos Novos no Museu de Arte Contemporânea em Olinda, III Salão Sergipano de Artes Plásticas, Salão de Arte Contemporânea de Pernambuco na Galeria Metropolitana de Arte Aloísio Magalhães, além de exposições individuais. Na caminhada de jovem pintor já colheu frutos, sendo premiado em Pernambuco e na Paraíba.
Ao escolher a Faculdade de Direito do Recife para uma individual, ao invés de procurar as inúmeras e consagradas galerias do Recife, fê-lo com consciência, pois entende que os jovens universitários precisam ter uma presença mais efetiva no movimento artístico. É preciso demonstrar ser falso imaginar que as exposições são reuniões para a elite. Pensando assim é que CLAYTON resolveu mostrar seus trabalhos, também para os estudantes. Trouxe dezoito óleos in pregnados de muita cor, como em “Todo amor ficou para trás I”, são matizes que ele trouxe consigo do Ceará e conjugou com o multicolorido que há sob o sol de Pernambuco. Há vermelhos, verdes e azuis firmes na luninosidade das suas telas, cuja associação gente e natureza é muito peculiar. Seus personagens me fazem lembrar um misto de Di Cavalcanti e Teruz. Sem qualquer demétrio pela semelhança, pois, quem, no mundo das artes, não sofreu de algum modo influência, maior ou menor, de outros grandes nomes?
Na verdade, ao observar os seus trabalhos não tenho duvida do artista que se revela com forte personalidade e um grande futuro.

Recife, 20 de outubro de 1988
Prof. RICARDO DA COSTA PINTO

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